sexta-feira, 23 de maio de 2014


Andorinha

Não é a gente que acha o poema.
Ele nos persegue como uma luz no canto da sala.
Domina um pensamento de um jeito suave. 
Como um beijo de boa noite de mãe
Quando se está quase adormecendo
Estampa a pele
Estala no coracão.
E se aloja no peito feito andorinha.
Vira uma asa saindo de dentro para fora
E então passeia pelo universo suave 
ao se transformar em  letra .
Como a melodia de uma canção 
que não para de tocar.
Quem tem poesia no peito
vê a vida de outro jeito:
Aprende a contemplar.
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença. 
Amando com esperança
Cada instante que está para chegar.