sábado, 27 de fevereiro de 2010

e eu gostava tanto de você.



Hoje cedo, arrumando meu armário vi esse texto que escrevi, há alguns anos atrás. Pra quem é não interessa, mas é a herança bonita de uma dor de cotovelo que me encheu de vivências , me ajudando a crescer . Escrevi num metrô, num dia que nevava em Paris e tudo parecia tão lindo, tão branco . A neve anunciava outra estação,outro tempo. Tempo de amar outra vez. E foi nesse dia que me despedi de verdade de qualquer raiz daquele amor. Depois dele, nada mais foi igual, ainda bem.


tempo vilão.

O vento soprou alto em meu ouvido: O tempo passou.
Fiquei assustada com esse grito do vento.
Pois em meu peito, algo se instalou.
Sim, e eu não havia notado que nesse tempo,
não havia mais espaço para nós dois.
Tentei correr contra o relógio , tentando fazer com que minhas mãos te alcançassem.
Quanto mais me esticava para entrelaçar meus dedos nos seus,
Mais me encolhia.
Tentei controlar as noites que passavam,ficando acordada.
Mas ninguém controla o tempo, a distância, a frieza que havia nascido entre nós.
E só a força ousada do vento , mexendo em meus cabelos ( que agora já eram longos ) soube me dizer.

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