sábado, 10 de julho de 2010

Ok
Era comigo . As orquideas da Sala de espera, o jardim bem cuidado , o  manobrista ..Revistas  semanais novas bem que tentaram me enganar. A Tv de plasma e as cortinas brancas pareciam querer disfarçar.. Mas  eu li apalavra quimioterapia quando entrei  na clinica tão chique da avenida Europa. Não dava para fugir. Era de novo o medo de perder alguém que eu amo tanto.. E se aquela maldita placa não fosse generosa o suficiente para dizer que isso também iria passar , como sempre passou ? E agora quando a doença alcançava meu heroi invencivel, meu pai, como eu deveria responder a tudo isso ? E ele como responderia? Aonde eu deveria fincar meus pés com força para que em mim ele se apoiasse ? Será que meu amor não seria o remedio que poderia acoplado aquela maldita placa , segurar meu pai só mais um pouquinho ? Pois ele era meu . E doença nenhuma seria forte o bastante para arrancá- lo de mim . Era isso que eu deveria ter em mente para suportar essa fase na qual irremediávelmente minha família se encontrava. Não, não havia como fugir , sem antes pedir passagem a aquela placa que acima de tudo nos dizia : Pare. 

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