Foi num dia que faltou luz em Perdizes, e eu ia jantar na casa de uma amiga que tinha acabado de ter filho. Estava perdida como sempre, resolvi voltar pelo caminho da PUC, afinal ali sim estava em casa. A PUC ainda hoje é um ponto norteador de meus caminhos. Freud explica. Sempre.
Vi aquela moçada tomando cerveja na rua, me arrependi dos dias em que não tomei, pois estava de dieta. Pura bobagem aos vinte anos. O metabolismo funciona de um jeto diferente.Pena que a gente só percebe isso aos trinta...
Quando revi a banca de revistas eu li seu nome:Carpe diem.Elas nunca tem um nome , que a gente se lembre. Mas eu lembrava deste, só não tinha registrado.Era como se eu olhasse um grande amigo e descobrisse que ele sim, era o amor da minha vida. Algo tão familiar que surpreende, mesmo fazendo parte da sua rotina. Então me dei conta que agora sim eu podia compreender o que eu passei cinco anos lendo. Naquela época talvez eu não entendesse o quão grande era aquela frase. Carpe diem.
Aos vinte e poucos a percepção da gente é outra. 'Temos todo tempo do mundo '- Já dizia Renato Russo.A gente se vê grande de um jeito que chega até a cegar. Que pena.
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