sexta-feira, 20 de março de 2009

sentir não dói.

PESSOAS QUE ANDAM NO MEIO FIO



Fui assistir ao filme, um amor jovem.
O filme fala de um rapaz que aos 21 anos se entrega de coração a uma moça e ela não consegue corresponder.O timing não batia, ela já vinha machucada de outra relação ou talvez fosse uma pessoa superficial. O menino fica devastado.A história é linda, mas é cruel . No entanto é real, tão real e rotineira. Quem não conhece alguém que se apaixonou desesperadamente, achou que não podia viver sem e no fim sobreviveu ?
Como algo tão rotineiro pode ser tão transformador ? O fim de uma história deixa cicatrizes que só tempo apaga , se é que ele apaga de fato. Não sei se apaga , o fato é que a vida continua , as pessoas surgem , coisas brotam e a vida é assim. E pronto.
Mas nada é tão simples assim quando falamos sobre um amor jovem. Sempre pensei na questão do amor jovem. A juventude permite essa intensidade, essa entrega. Mas ela custa caro ,e tem gente que prefere não se arriscar.
Tem uma cena linda que aparece ele andando na rua, com a namorada , segurando a mão dela, enquanto ela fica no meio fio.Tem gente que vive a vida toda no meio fio. Outros que encaram a rua, o asfalto, o pé no chão .Prefiro os que encaram a rua. De fato viver no meio fio é mais seguro, não corremos riscos de sermos atropelados por ninguém.Mas vive-se menos, definitivamente. Vive-se a vida em branco e preto, não com os tons que ela pode nos colorir.
Houve uma vez que eu sofria de amor e minha sábia tia Cléo disse: Pelo menos você está vivendo. Naquela época eu não pude perceber o tamanho daquela frase. Mas era a verdade da vida, viver a dor é viver.E sobreviver a ela é ainda maior.
Sobrevive-se ao amor acabado, cresce-se com ele. Tem gente que se entrega , sofre, mas usa o período da perda como um momento de reflexão . Tem gente que passa em branco, no meio fio.
Na cena final, o casal se confronta e ela diz: Sempre te achei muito intenso. E ele responde: Mas isso não é um defeito. E não é mesmo. Nós os intensos nascemos com essa sorte de sentir tudo, todas as faíscas e queimaduras da vida. E isso é tanto. E isso é tudo.

2 comentários:

  1. quero ver agora esse filme!!!!!
    muito real e rotineiro mesmo!

    amei o blog.
    mtos beijos
    mi

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  2. Que lindo! As pessoas podem ser intensas e também no meio fio. Não acho que deva ser uma regra. Bjs Helo sua amada amiga

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