Uma primavera chamada esquecimento
Comprei esse quadro chamado Oblívio - que significa esquecimento. São barcos sumindo num fundo acinzentado , um horizonte azul se anunciando de leve , no meio da névoa .
Esquecer pode parecer triste. A gente teima em segurar algumas memórias tentando se lambuzar mais um pouco quando a saudade vem . Ficamos atrás de migalhas buscando reviver algo que já não está mais lá .Esquecer, contudo , é também libertador. Abrir espaço para desabrochar novas historias , depende da nossa generosidade de deixar partir algumas memórias .
A tecnologia ensina isso para gente , liberar espaço de memória pois o disco rígido está pesado. Apagamos algumas , surge mais espaço . Com a nossa mente às vezes funciona parecido : certas coisas só fazem pesar. Pesar no sentido de tristeza e também de peso .
Passei anos namorando esse quadro. Queria que ele fosse meu . Foi amor à primeira vista. Hoje ao me despedir da minha sala , olhei para trás quando fui fechar a cortina .
Estava eu , a primavera e o esquecimento . Fiquei pensando , por fim , o quanto uma coisa depende da outra. Para que algo novo surja é preciso deixar certas lembranças partirem como barcos á deriva no vasto oceano da vida. Só assim se anuncia um horizonte azul . Do contrário é só neblina que embaça os olhos .
E la nave va.
Esquecer pode parecer triste. A gente teima em segurar algumas memórias tentando se lambuzar mais um pouco quando a saudade vem . Ficamos atrás de migalhas buscando reviver algo que já não está mais lá .Esquecer, contudo , é também libertador. Abrir espaço para desabrochar novas historias , depende da nossa generosidade de deixar partir algumas memórias .
A tecnologia ensina isso para gente , liberar espaço de memória pois o disco rígido está pesado. Apagamos algumas , surge mais espaço . Com a nossa mente às vezes funciona parecido : certas coisas só fazem pesar. Pesar no sentido de tristeza e também de peso .
Passei anos namorando esse quadro. Queria que ele fosse meu . Foi amor à primeira vista. Hoje ao me despedir da minha sala , olhei para trás quando fui fechar a cortina .
Estava eu , a primavera e o esquecimento . Fiquei pensando , por fim , o quanto uma coisa depende da outra. Para que algo novo surja é preciso deixar certas lembranças partirem como barcos á deriva no vasto oceano da vida. Só assim se anuncia um horizonte azul . Do contrário é só neblina que embaça os olhos .
E la nave va.